Portugal actual

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Memórias curtas

Tornou-se cada vez mais comum ouvir certos seres chorarem os tempos de outrora, não me admiro de ouvir alguém com alguns anos a menos do que eu, porque mesmo que tenha somente um ou dois será o suficiente para haver alguma diferença e não ter moção de algumas peripécias que a geração de 52 teve de passar.

Mas confesso que me é extremamente difícil entender alguém com a minha idade ou mais velho ainda.

Como tão bem me lembro na década de 60, a quantidade de emigrantes que se sujeitavam a qualquer custo, em condições extremamente degradantes para fugirem á miséria em que viviam nas aldeias e á guerra do ultramar.

Julgo não haver um pais que na altura nos abrisse as portas que não fossem para lá portugueses em massa.

"A emigração não é um fenómeno exclusivo deste período, mas nesta década os valores atingidos em Portugal foram bastante alarmantes, pois causaram a desertificação das regiões mais carenciadas do país, onde os números da emigração atingiram valores mais elevados. Os fatores determinantes para esta emigração massiva foram: a crise do setor agrícola, a total incapacidade dos outros setores económicos absorverem a população rural que abandonava os campos, a falta de mão de obra em muitos países da Europa e a fuga à Guerra Colonial e à repressão política. A agricultura continuava a ser um setor tecnicamente atrasado, que sofria os efeitos de uma deficiente distribuição da propriedade e do êxodo da população rural para os centros urbanos, mas que não foi absorvida pelos outros setores económicos.Esta população, oriunda do campo, foi compelida a procurar novas oportunidades no exterior. Alguns países da Europa, como a França, que no pós-guerra conheceram uma fase de prosperidade económica, atraíram milhares de Portugueses, que aí procuraram vantajosas condições salariais e uma melhoria da qualidade de vida.
Os principais destinos foram a França e a Alemanha, onde o esforço de reconstrução face à destruição gerada pela Segunda Guerra Mundial se mantinha, a Suíça, a Bélgica e a América Anglo-Saxónica, e em menor escala a Austrália. A Venezuela, o Brasil e a África do Sul foram também países de acolhimento dos emigrantes portugueses. Apesar da Guerra Colonial, muitos foram os que debandaram também para Angola e Moçambique."

Mas quem foram os portugueses que debandaram?

Como todos sabemos, eram analfabetos ou com apenas o ensino primário tal como eu, os doutorados tinham cá lugar, eram tão poucos que não sabiam o que era miséria, ainda assim, haviam os que se manifestavam, porque como em todas as árias, houve e sempre haverá alguém que se sente.

Como não sou dos que têm a memória curta, lembro-me bem da primeira vez que ouvi isto. na década de 60 Claro!

Mas se antes éramos os pobres e analfabetos que emigrávamos, hoje são doutores, enfermeiros, engenheiros Etc. etc. que emigram, porque, entretanto, vamos tendo mais doutores do que pessoas e temos que receber imigrantes para fazerem os trabalhos que os portugueses não querem fazer!

Espevitando as memórias curtas:  é lógico que, se não tivéssemos sujeitos a uma geração de políticos corruptos, poderíamos estar ainda muito melhor, mas, ainda assim, temos uma clara inversão de sentidos, hoje os emigrantes que recebemos são oriundos de países que outrora foram o nosso destino.

E falo isto com conhecimento de causa, no meu prédio por exemplo moram emigrantes oriundos de Inglaterra, que estão cá a trabalhar. 

Para terminar:  Aos que persistem em manter a memória curta, e choram os tais tempos remotos, ( Tenham vergonha e não estraguem isto. 

Leiam o texto em baixo.

Texto de Albino Lima

Imigração para Portugal sobe 18%. Cidadãos do Brasil, Reino ...


https://jornaleconomico.sapo.pt › noticias › imigracao-para-portugal-sobe-...

Imigração para Portugal sobe 18%. Cidadãos do Brasil, Reino Unido e Índia lideram entradas

Revista de Imprensa JE 12 Novembro 2019, 

Apesar do Brasil continuar a verificar o maior número de pedidos de autorização para viver em Portugal, a lista das cinco maiores nacionalidades sofreu algumas alterações. As novidades ficam pela entrada da Índia e a saída de França.

A imigração em Portugal continua a subir, sendo que até ao dia 31 de outubro esta tinha apresentado uma subida de 18% face a período homólogo, avança o jornal 'Público' esta terça-feira, 12 de novembro.

De acordo com os dados provisórios do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), até ao último dia de outubro já tinham sido concedidas 110.813 novas autorizações de residência.

Este é um novo recorde, uma vez que representa mais 17 mil autorizações do que em todo o ano de 2018, que se fixou em 93.154 pedidos autorizados. Este aumento continua a representar a tendência crescente que se verifica há quatro anos.

Os cidadãos brasileiros continuam a ser os que mais escolhem Portugal para imigrar, sendo que no ano passado se verificou 105 mil novos residentes do Brasil. O Reino Unido representou a maior subida, passado de quarto para o segundo lugar, com mais de 26 mil novos pedidos de autorização de residência. A Índia entra na tabela de maior número de pedidos, situando-se com a Itália em quarto lugar, seguindo-lhes o Nepal, que ficou na mesma posição que em 2018.


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